Funcionários da Copasa se reúnem com os servidores do Damae

(Folha das Vertentes)

 A pedido da Câmara Municipal de São João del-Rei, funcionários das áreas de Recursos Humanos e Jurídica da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) estiveram, nesta cidade, na tarde da última quarta-feira, 16 de junho. Eles se reuniram, no Teatro Municipal, com os servidores do Departamento Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Damae). O motivo do encontro foi esclarecer dúvidas, com relação à área de pessoal, no caso de uma possível aprovação do Projeto de Lei que autoriza o Executivo Municipal a firmar convênio com a estatal, para administrar o serviço de água e esgoto da cidade.
   A chefe da Divisão de Recursos Humanos da Copasa, Lúcia Aguiar, explanou, aos poucos presentes à reunião, sobre a política de gestão de pessoas da estatal, que possui 11.559 empregados em 649 municípios. Ela discorreu sobre as vantagens obtidas, além do salário, tais como ticket refeição de R$ 392, cesta básica de R$ 262, auxílio creche (R$ 402 até dois anos), auxílio educação (R$ 400 semestralmente), seguro de vida, plano de previdência complementar, assistência médica e odontológica dentre outras.

Sem muitos esclarecimentos
   Os funcionários do Damae foram direto ao assunto, através principalmente da participação do presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (SindServ), Mauro Pedro Alves, ao questionar como será o aproveitamento dos atuais servidores da autarquia. Lúcia Aguiar informou que não tem como afirmar se a estatal irá absorver todos. “Ainda não sabemos como será aqui em São João, caso o convênio seja acertado. Cada cidade é um caso”, adiantou. O chefe do Departamento Sudeste, Júlio Minchilo, ainda explicou: “Esse número varia muito, está vinculado às necessidades do serviço existente e do sistema de abastecimento”.
   A responsável pela Divisão Jurídica da Copasa, Isabela, contou que os estáveis (aqueles que estão no Damae desde antes da Constituição de 1988) “são equiparados aos concursados”. E os concursados serão automaticamente absorvidos, de acordo com a necessidade da estatal. Quanto aos que estão em estágio probatório, Lúcia Aguiar afirmou: “Quem já tiver um ano de estágio pode ir para a Copasa”.
   Ao final, a única situação que ficou clara foi: As vantagens obtidas pelo tempo de serviço (como quinquênio, por exemplo) não se leva para a estatal. “O servidor do Damae vai começar na Copasa como qualquer outro em início de carreira, ele ingressa como concursado”.

Foi pouca a participação dos servidores do Damae. O Teatro Municipal estava praticamente vazio

Manifestações da população para resolver o impasse Damae x Copasa vêm acontecendo há anos, como esta – em agosto de 2007 – na Câmara