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Escolas da cidade podem ter detectores de metais
Alunos e educadores da Rede Pública de ensino de São João Del Rei podem passar por detectores e até por revista ao adentrar nas escolas.
Os alunos e educadores das escolas 'estaduais' e 'municipais' (Rede Pública de Ensino) instaladas na cidade de São João Del Rei poderão ter seus pertences revistados e até passarem por detectores de metais ao entrar nos locais de ensino. Essa regra vale também para pais, funcionários e todas as pessoas que passarem pelo local.
Pelo menos é isso que determina a Lei nº 4.737,de 10 de fevereiro de 2012. Segundo a lei, as escolas da rede pública de São João Del Rei estarão condicionadas ao uso de detectores de metais e até inspenção visual dos pertences (revista) de todas as pessoas que estiverem no recinto escolar, quando verificado irregularidades. A lei se aplica em escolas que possuam mais de 200 alunos por turno.
A lei é similar a outras já em vigor em outras áreas do país. Em cidades de São Paulo e Paraíba e até mesmo na capital mineira (BH) já é frequente o uso de detectores.
Objetivo
O objetivo principal deste método é a segurança nas escolas. Após a tragédia ocorrida no Rio de Janeiro no dia 7 de Abril do ano passado, quando 11 crianças foram assassinadas na Escola Municipal Tasso da Silveira, a busca por segurança nas escolas se tornou uma necessidade.Um dos deputados que defendeu urgência para medidas de segurança em escolas, foi o deputado Sandro Mabel (PR-GO), segundo ele, há uma pesquisa que diz que 70% dos alunos já afirmaram ter visto algum tipo de arma nas escolas. Em São João Del Rei, além de ajudar na segurança a medida também visa obrigar os alunos a cumprirem uma lei federal que proíbe o uso de equipamentos eletrônicos(celular, mp3, tablet, video-games) nas escolas. Segundo inormações 90% dos estudantes descumprem essa regra e usam esses equipamentos nas escolas.
Críticas
Assim como elogios, há também muitas críticas. O próprio presidente do Conselho Nacional de Educação, Antônio Carlos Ronca, é contra a medida. Segundo ele, a proposta esbarraria na dificuldade de revistar centenas de alunos todos os dias e no alto custo da compra de equipamentos – recursos que poderiam resolver carências mais urgentes das escolas. "Daqui a pouco vamos transformar as escolas em uma prisão, em algo que, para entrar, precisará passar por inúmeros obstáculos. Aí você perde todo o caráter educativo que a escola deve ter", ele aponta.